quinta-feira, 27 de junho de 2013

Pronto Socorro da 14 terá paralisação nesta sexta

Greve dos servidores do HPSM da 14, ano passado. Por Bruno Magno/Portal ORM.

Os servidores do Hospital de Pronto Socorro Municipal "Mário Pinotti", um dos dois hospitais municipais públicos de urgência/emergência de Belém-PA, farão um dia de paralisação para chamar a atenção da Justiça e do poder público para o caos que se abate sob estes estabelecimentos de saúde.

Com o apoio dos usuários e de diversas categorias de trabalhadores do serviço público, amanhã (sexta-feira, 28/06), os servidores do HPSM "Mário Pinotti" realizarão paralisação contra a caótica situação da saúde naquele espaço, e também para protestar contra as péssimas condições de trabalho a qual são submetidos.

Segundo os profissionais de saúde do HPSM, e de acordo com a Associação Municipal de Trabalhadores da Saúde, o quadro dos HPSM's de Belém mais parecem o que era encontrado nos campos de concentração da II Guerra Mundial. 
No início do ano o prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) decretou 'Estado de Emergência" na saúde do município, o que lhe garantiu o repasse de milhões de reais a título de responder ao quadro de calamidade pública. Passados meses, o que continuamos assistindo é o aprofundamento da barbárie.

Só neste mês de junho, que ainda não terminou, o HPSM da 14 registrou quase 150 mortes. Vejam bem: cento e cinquenta pessoas, que para lá se dirigiram, em vez de receberem atendimento de qualidade, encontraram o encurtamento de suas vidas e saíram direto para o cemitério.

Sem condições básicas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Sistema Único de Saúde (SUS) recomendam a existência de 16 itens básicos para um estabelecimento desse porte. No HPSM "Mário Pinotti", dos 16, faltam 14. Isto mesmo: faltam quatorze itens básicos!
Lá falta medicamento para febre como a dipirona; não há gaze, muito menos antibióticos.

O caos não se restringe aos PSM's. A atenção primária, que deveria prevenir que as pessoas adoecessem e salvar vidas, em Belém é uma verdadeira catástrofe! Unidades de saúde da maioria dos bairros estão fechadas e a cobertura das Equipes de Saúde da Família (ESF) chegam a menos de 16% da população da capital paraense.

As famílias carentes e as pessoas quem não têm condições de pagarem uma maternidade no estado, ganham seus bebês na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA). Mas tal qual no município, a situação de calamidade pública e de morticínio na Santa Casa permanece desde o primeiro governo Jatene, passando pelo da petista Ana Júlia Carepa, descontrolada.

Novamente a sua maternidade, de responsabilidade do governador Simão Jatene (PSDB), volta às manchetes por levar, em apenas quinze dias, quase 40 crianças que lá nasceram para os cemitérios de Belém. 

Descalabros totais que exigem da sociedade paraense e dos Ministérios Públicos ações contudentes no sentido de responsabilizarem prefeito e governador, bem como seus secretários e diretoria destes estabelecimentos, por essa verdadeira carnificina. 

Não podemos aceitar de forma alguma, que cidadãos busquem nossos estabelecimentos de saúdes, para conseguir a diminuição ou resolução de suas dores e sofrimentos, e famílias inteiras acabem por levar essa chaga cravada em seus peitos para o resto da vida, devido a perda de um ente querido, pela omissão e corrupção de nossos governantes!

Mobilização

Amanhã, vários setores da sociedade e entidades dos movimentos sociais se juntam a esta justa luta, pois é uma pauta de reivindicação de todos. 

Junte-se a nós nessa campanha contra a crise que se aprofunda na saúde em nossa cidade diante da insensibilidade do prefeito Zenaldo Coutinho e do governador Jatene com as áreas sociais. A partir das 6h, na 14v de março.


Participe!


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Com informações de Silvia Letícia, no facebook.

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